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Cidade da Praia acolhe o II Fórum da Organização Mundial da Saúde sobre a Saúde em África

Sob o lema “garantir a Cobertura Universal de Saúde e a Segurança Sanitária – a África que queremos ver”, Praia, a capital Cabo-verdiana é a cidade anfitrião do II Fórum da OMS sobre a Saúde em África, que decore de 26 a 28 de março.

A cerimonia de Abertura que teve lugar ontem, foi presidida pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que compartilhou o momento com a Diretora Regional da OMS e o Ministro da Saúde e da Segurança Social de Cabo Verde.

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Na ocasião, o Ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário, garantiu que Cabo Verde se coloca ao lado dos países do continente africano para que juntos possam construir uma agenda de saúde que tenha as pessoas em primeiro lugar, que possibilite o acesso aos cuidados de saúde de qualidade, que melhore o padrão de vida das populações e que contribua para realização da Africa que todos nós pretendemos. O Governo de Cabo Verde manifesta todo o seu compromisso para o repto global lançado pela OMS aos países para que desenvolvam politicas efetivas para se alcançar a Cobertura Universal em Saúde e a segurança sanitária em Africa.

Arlindo do Rosário disse ainda que Cabo Verde tem trabalhado para melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde de qualidade, seja pela proximidade da rede de infraestruturas de saúde, que neste momento tem mais de 80% da população vivendo a menos de 30 minutos de distância de uma estrutura de saúde, bem como a definição e implementação de um pacote de cuidados essenciais que garantam o acesso aos cuidados de saúde incluído os medicamentos para doenças como tuberculose, VIH/SIDA, paludismo, controlo do pré-natal, parto seguro, vacinação entre outros serviços.

Segundo ministro, hoje Cabo Verde tem uma população, mais saudável com uma esperança média de vida de 72 anos para homens e 80 anos para mulheres. O país foi declarado livre do pólio em 2016 e além disso, um conjunto de doenças como o paludismo, a transmissão mãe/filho do VIH, o sarampo, e a rubéola está na fase de eliminação para os próximos anos.

“O governo de Cabo Verde continua empenhado com a redução da taxa de mortalidade materna e infantil sendo que a meta para o final desta legislatura em 2021, é reduzir para 13 mil nascidos vivos.”

Não obstante, Arlindo do Rosário falou também dos desafios que se impõe presentemente ao Sistema Nacional de Saúde, frisando que a condição arquipelágica do país continua a ser desafiante, para as soluções atualmente existentes.

Na mesma senda, o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que presidiu a cerimonia de Abertura deste Fórum, também falou das limitações dos sistemas de saúde em África, considerando que a crescente complexidade e os elevados custos sociais que acarretam as urgências sanitárias constituem uma das principais limitações.

Do contrario, o chefe de Estado Cabo-verdiano, disse que este fórum esta a ter lugar num contexto de construção a nível mundial de novas abordagens aos cuidados de saúde em parte influenciadas por importantes ameaças à saúde e ao bem-estar de muitos milhões de pessoas, nomeadamente em Africa.

“Os conflitos, a pobreza, as desigualdades sociais, as alterações climáticas, os desastres naturais condicionam de forma poderosa o perfil epidemiológico e o acesso das pessoas aos cuidados de saúde nas diferentes fases das suas vidas e a ficarem muito pouco protegidas perante emergências sanitárias.” disse.

Para a Directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, na sua alocução deixou o compromisso da OMS com todos os cidadãos e governos dos nossos Estados-Membros, a sociedade civil, o sector privado, parceiros, em apoiar a realização da cobertura universal de saúde e construir sistemas de saúde nos respetivos países, mais fortes, mais resilientes e recetivas.

O propósito segundo a mesma, está plasmado no 13º Programa Geral de Trabalho da OMS, em cujo coração estão 3 metas ambiciosas chamadas de “o triplo bilhões”:

1 bilhão a mais de pessoas beneficiadas pela Cobertura Universal de Saúde (UHC), 1 bilhão a mais de pessoas melhor protegidas de emergências de saúde, e 1 bilhão de pessoas que desfrutam de melhor saúde e bem-estar.

“Estou certo de que a partilha de ideias, lições aprendidas, ferramentas e abordagens, e futuras parcerias que surgirão deste Fórum na Praia, irão desempenhar um grande papel na nossa contribuição da Região para estes números.” concluiu Moeti.

O II Fórum da OMS sobre a Saúde em África, decorre na capital Cabo-verdiana, de 26 a 28 de março, sobre o tema “garantir a Cobertura Universal de Saúde e a Segurança Sanitária – a África que queremos ver”. 

O tema sublinha, até que ponto, uma boa saúde para todos, passando pela segurança sanitária à cobertura universal de saúde, são essenciais para o desenvolvimento do continente. Este II Fórum também representa oportunidade da reafirmação do engajamento firmado durante o I Fórum da OMS sobre a saúde em África que teve lugar em kigali (ruwanda), a 27 e 28 de junho de 2017, subordinado ao tema “Colocar as Pessoas em Primeiro Lugar: O Caminho para a Cobertura Universal de Saúde em África”, o Fórum tinha por finalidade explorar as prioridades e os desafios dos serviços de saúde em África e encontrar novas formas de alcançar uma melhor saúde para todos.

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